Trabalhadores do serviço de telecomunicações em Sergipe, da Empresa RM, terceirizada da Oi, entraram em greve ontem (2), reivindicando melhorias nas condições de trabalho e salariais.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (SINTTEL), filiado à Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE), tentou por 13 vezes um acordo com a empresa para reajuste dos salários. Como não houve sucesso, os trabalhadores deliberaram pela greve por tempo indeterminado.
?Nós nos reunimos por 13 vezes, mas a gerência não quer pagar nem mesmo o acordado junto à empresa antiga, a MM, que era de um piso de R$ 541, quando o salário mínimo vigente no país era de R$ 510. A proposta da RM Telecomunicações é vergonhosa. Eles estão oferecendo um salário de R$ 575 até 2012 para instaladores, cabistas e distribuidores gerais. É impossível fechar este valor?, afirmou Iaraci Silva, Presidente do SINTTEL.
Ainda segundo a sindicalista, greve dos 350 terceirizados da Oi em Sergipe foi definida em assembléia geral da categoria. ?Nós estamos com o acordo em aberto e vamos continuar lutando por salários dignos. A proposta da empresa é de salários mais baixos do que os trabalhadores ganhavam em 2010?, lamenta Iaraci.
Greve continua
E na manhã desta terça-feira (3/5), mais uma vez dirigentes da CUT/SE e do Sinttel estiveram na porta da RM para apoiar a paralisação por tempo indeterminado dos trabalhadores da empresa.
Segundo o Presidente da CUT/SE, Rubens Marques, o Professor Dudu, não justifica que os empresários da telefonia não atendam a pauta dos trabalhadores, dado os lucros que o setor vem atingindo. ?O setor de telefonia é bastante rentável, tem crescido em todo o mundo, principalmente no Brasil. Não dá para os patrões faturarem cada vez mais e o salário do trabalhador diminuindo. A empresa não tem aceitado nem o sindicato nem a imprensa?, ressalta.
Dudu destaca que a preocupação da CUT é a manutenção dos empregos. ?Nas negociações, é preciso garantir que os postos de trabalho não serão perdidos. A CUT tem dado total respaldo à luta dos trabalhadores, e estamos esperando a DRT chamar para discutir o dissídio coletivo?.
Também apoiaram o ato e a paralisação dos trabalhadores terceirizados da Oi em Sergipe o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor), George Washington Silva, o dirigente do Sintese Joel Almeida, e a dirigente do Sinergia Mônica Cruz, todos da direção da CUT/SE.
*Com informações do Portal Infonet