A empresa V.tal chamou as federações FITRATELP, LIVRE e FENATTEL para uma reunião na quinta-feira (4), em São Paulo para, literalmente, despejar o seu pacote de maldade contra os empregados. O vice-presidente jurídico da V.tal, Marcelo Del Vigna, apresentou às organizações sindicais um plano de reestruturação da empresa, contendo a demissão de 10% do quadro de empregados em todas os setores, tanto da área técnica quanto da área administrativa.
Os representantes dos trabalhadores foram surpreendidos e reagiram com indignação, uma vez que a pauta da reunião não foi sequer anunciada antes aos sindicalistas. As federações protestaram conta essa indecência disfarçada de plano de reestruturação, que visa tão somente demitir trabalhadores. A V.tal não apresentou nenhuma proposta de compensação para quem for demitido a não ser um deboche de três meses de plano de saúde.
Deixamos claro que não aceitamos planos perversos que visam a demissão de trabalhadores, pois demitir não é a solução e, mais grave, coloca no olho da rua pais de família que há mais de 30 anos dedicaram suas vidas, para gerar lucros à Oi S/A e que hoje pertencem ao quadro de empregados da V.tal. Se a empresa enfrenta algum problema, definitivamente, os trabalhadores não são os culpados.
Entendemos que esse plano de reestruturação da V.tal é uma punição inaceitável contra os empregados e cria um clima de terror no ambiente de trabalho. Além disso, essa ação vai contra todos os esforços que o governo brasileiro tem feito para combater o desemprego no País.
A V.tal não pode correr o risco de ser taxada como uma empresa que contribui para o desemprego no Brasil, pois toda empresa tem sua responsabilidade social.
Como a V.tal não abriu um processo de negociação respeitoso com as federações FITRATELP, LIVRE e FENATTEL para debater o plano de reestruturação, as entidades irão ingressar com ações na Justiça exigindo o mesmo tratamento que foi dado pela Oi S/A aos empregados demitidos.
Não vamos aceitar passivamente que demissões em massa ocorram dessa maneira e exigimos respeito para com os trabalhadores.
Finalmente, pedimos aos trabalhadores da V.tal que se juntem ao SINTTEL-SE e às federações nesse momento difícil e de incertezas.
Chegou o momento de fortalecer a nossa mobilização contra esse escárnio protagonizado pela empresa, pois a participação efetiva da categoria aumenta as nossas chances de vitória.
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